Sem Gente boa, não há Rede boa: O erro das franqueadoras que crescem rápido demais

Sem Gente boa, não há Rede boa: O erro das franqueadoras que crescem rápido demais

Toda rede de franquia quer crescer. E rápido.

Mas há um limite tênue entre acelerar e desgovernar — e ele, quase sempre, passa pela qualidade das pessoas que sustentam esse crescimento.

Muitos empreendedores se preocupam com o número de unidades, com a exposição da marca ou com a atratividade do modelo de negócio. Tudo isso é importante. Mas é preciso entender uma verdade incômoda: não há crescimento sustentável de franquias sem bons profissionais dentro da franqueadora.

E aqui não estamos falando apenas de quantidade de pessoas, mas sim de qualidade. De ter no time quem sabe avaliar franqueados, acompanhar implantações, estruturar o suporte e liderar a operação com visão estratégica.

O motor invisível da expansão

A engrenagem da franquia parece simples no papel: você vende uma franquia, capacita o franqueado, apoia sua operação e acompanha resultados.
Mas, na prática, cada uma dessas etapas exige pessoas competentes, preparadas e alinhadas ao propósito da marca.

  • Quem avalia a viabilidade de um novo franqueado?
  • Quem garante que a implantação seja fiel ao padrão e ao cronograma?
  • Quem apoia a performance da loja nos momentos de crise?
  • Quem forma e engaja os franqueados nos valores e na cultura da rede?

Tudo isso é gente. Gente boa.

O dilema das franqueadoras pequenas

A maioria das redes nasce com recursos limitados. É comum vermos o fundador acumulando funções, enquanto a estrutura é montada aos poucos. O problema é que muitas dessas redes começam a crescer antes de estarem preparadas para sustentar esse crescimento.

Contratar um bom gerente de expansão, um coordenador de implantação ou um head de operações tem custo. E muitas franqueadoras não conseguem competir com salários fixos altos ou benefícios robustos.

Então, como resolver esse dilema?

Crescer com inteligência: como atrair bons profissionais mesmo sendo pequeno

A boa notícia é que bons profissionais não se movem apenas por salário fixo. Eles buscam desafios, autonomia e reconhecimento. E é justamente aí que uma franqueadora em crescimento pode se destacar. Veja algumas estratégias:

  • Remuneração variável: bônus por metas atingidas, comissões por vendas de franquia ou bonificação atrelada à performance da rede são formas de atrair perfis de alta performance, mesmo sem grandes salários fixos.
  • Modelos de partnership: oferecer participação futura, sociedade em áreas de negócios ou até stock options são caminhos possíveis para reter talentos estratégicos e engajados com o sucesso da rede.
  • Ambiente empreendedor: bons profissionais valorizam autonomia, inovação e espaço para protagonismo. Franqueadoras menores podem oferecer isso com mais agilidade do que grandes corporações.
  • Uso da tecnologia e IA: com a automação de processos repetitivos, como emissão de contratos, agendamentos, suporte básico ou acompanhamento de indicadores, é possível manter um time mais enxuto e melhor remunerado — porque o foco deixa de ser volume e passa a ser valor.
  • Terceirização inteligente: em vez de formar um time interno com profissionais júnior, terceirizar áreas críticas com especialistas pode ser mais eficaz e seguro no curto prazo.

Gente boa gera rede boa

Em um mercado de franquias cada vez mais competitivo, com franqueados exigentes e consumidores em constante transformação, o diferencial das marcas está — mais do que nunca — nas pessoas que conduzem sua expansão e acompanham a operação.

Não adianta escalar se a base é frágil. E, nesse sentido, investir em pessoas boas não é custo: é condição de sobrevivência.

Leia também: A Meta é do Franqueado (e Deve Ser Mesmo) – Como construir metas realistas, alinhadas e eficientes nas redes de franquia?

1 comentário em “Sem Gente boa, não há Rede boa: O erro das franqueadoras que crescem rápido demais”

  1. peter schmidt

    Gerar uma rede Solida e de alta Performance, requer uma visao abrangentte pelo franqueador.
    O Rodrigo acertou nas consideracoes pois vemos hoje o foco de escalar, sem no entanto ter a preocupação de como a estrutura esta preparada para atender esta demanda com eficiencia. Dai a rede crescer e em pouco tempo comeca a fechar unidades.

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