A Starbucks anunciou: é hora de cortar custos, afinar o foco e repensar o modelo. Parte disso envolve fechar cerca de 1% das lojas na América do Norte — mais ou menos 400 unidades — como parte de um plano de reestruturação de US$ 1 bilhão. Também vai haver cortes: 900 funcionários corporativos perderão seus cargos.
🔍 O que levou a isso?
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Lojas pouco lucrativas ou mal posicionadas: Algumas unidades não estavam atendendo bem as expectativas de clientes ou desempenho financeiro. A Starbucks decidiu que essas lojas não valem o esforço.
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Mudança no perfil de consumo pós-pandemia: O consumidor migrou de centros urbanos. Menos trânsito de pessoas em certas regiões levou redes de café como a Starbucks a reverem seus contratos de locação.
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Concorrência cada vez mais ágil e segmentada: Marcas menores, novas cafeterias boutique, redes especializadas em drive-thru, tudo isso aumentou o desafio.
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Preços altos e pressão econômica: Consumidores citam os preços da Starbucks como um dos motivos para visitarem menos. Quem ganha menos sente isso mais forte. Inflação, incerteza macroeconômica e custos de operação elevados tornam o cenário ainda mais complicado.
🚀 O que a Starbucks está fazendo para reagir
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Cortes corporativos: além das 900 demissões, houve redução de menu (com cerca de 30% dos itens eliminados), mudanças em políticas (“banheiros para clientes pagantes somente”, menos autoatendimento de leite/açúcar).
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Reformas em lojas-chave: melhoria do espaço físico para quem gosta de sentar, trabalhar, usar tomadas, conforto. O objetivo é resgatar o “terceiro lugar” entre casa e trabalho, que a empresa reconhece ter deixado de lado.
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Novas aberturas continuam: embora esteja fechando lojas, a Starbucks planeja abrir novas unidades no próximo ano — focando talvez em locais mais estratégicos.
🧮 O quadro geral
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As vendas em lojas que já operavam há mais de um ano caíram por seis trimestres consecutivos.
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A empresa já viu suas ações caírem cerca de 9% no ano.
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O novo CEO, Brian Niccol (no comando desde setembro de 2024), está buscando dar uma virada. Ele aplicou diversas dessas mudanças, sinalizando que quer reconquistar clientes e reputação.
✅ E os sinais de que pode dar certo
Apesar dos cortes e dificuldades, há otimismo:
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Alguns analistas acreditam que as medidas são corretas — foco em lojas com bom desempenho, reconstrução da experiência presencial, limpeza no portfólio de produtos.
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As reformas físicas e a ênfase em conforto são bem vistas como retorno ao que fez a Starbucks famosa originalmente.
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Recuperação pode levar tempo: algumas projeções apontam para melhora mais clara só no início ou meio de 2026.
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