Forever 21

À beira de um novo colapso financeiro, Forever 21 tem 2º pedido de falência em menos de 5 anos

A Forever 21, ícone do fast-fashion, está novamente à beira da falência, apenas 5 anos após ter sido resgatada por uma joint venture formada pelos gigantes Simon Property Group, Brookfield Corporation e Authentic Brands Group.

Atualmente, com mais de 500 lojas espalhadas pelo mundo, a empresa enfrenta sérios desafios financeiros e busca desesperadamente por compradores para evitar o colapso definitivo.

Em 2020, a união dos proprietários de shopping centers e a licenciadora de marcas deu uma sobrevida à varejista, que se juntou a outras redes em dificuldades, como JCPenney, Brooks Brothers e Aéropostale.

No entanto, a concorrência feroz de marcas chinesas como Shein e Temu, que oferecem produtos similares a preços ainda mais baixos, intensificou a crise da Forever 21.

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Parcerias não deram o retorno esperado

Tentando virar o jogo, em 2023, a Forever 21 firmou uma parceria estratégica com a Shein, permitindo a venda mútua de produtos em suas plataformas e trazendo a gigante chinesa para o varejo físico. A Shein chegou a adquirir uma participação na SPARC, mas, segundo Jamie Salter, CEO da Authentic Brands, o acordo não trouxe os resultados esperados.

Recentemente, os proprietários da SPARC anunciaram uma reorganização que integrou as operações de varejo de marcas como Aéropostale, Nautica, Lucky Brand, Brooks Brothers e Eddie Bauer com a JCPenney, deixando a Forever 21 de fora dessa consolidação.

Um porta-voz da empresa afirmou que estão explorando diversas alternativas para a operação da varejista, buscando alcançar o melhor desfecho possível.

Caso essas iniciativas não surtam efeito, a Forever 21 corre o risco iminente de liquidação e fechamento de suas lojas, um desfecho que tem se tornado comum no setor de varejo nos últimos anos.

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Por aqui, a marca já foi embora

No Brasil, a marca encerrou suas atividades em 2022, após oito anos de atuação. A empresa enfrentou obstáculos como altos impostos, custos elevados de importação e infraestrutura, que resultaram em preços menos atrativos para os consumidores.

A situação se agravou durante a pandemia de Covid-19, culminando em ações de despejo por atrasos no pagamento de aluguéis em diversos shoppings, levando ao fechamento de várias unidades no país.

A Forever 21, que já foi sinônimo de moda acessível e tendências vibrantes, agora luta para não se tornar mais uma vítima do implacável cenário do varejo global.

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