A Colgate-Palmolive acaba de surpreender com uma ação nostálgica e estratégica: uma edição limitada da pasta Sorriso (marca lançada em 1998) inspirada na lendária Kolynos. A ideia? Reunir novas e antigas gerações por meio de um sabor marcante e visual retrô que despertam boas memórias.
A jogada faz parte das comemorações pelos 28 anos da Sorriso no Brasil e é um claro afago emocional: trazer ao consumidor aquele cheirinho e visual que marcaram época, sem relançar oficialmente a Kolynos — é um tributo pontual, não um revival permanente.
Por que isso é animador (e espertíssimo)?
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Nostalgia como motor de conexão: Quem viveu os anos 80 e 90 dificilmente não lembra do verde-amarelo da Kolynos e daquele jingle na cabeça. Usar isso de forma criativa resgata histórias afetivas e cria buzz instantâneo.
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Campanha com propósito: Ao invés de simplesmente lançar mais uma embalagem, a marca aposta na memória afetiva — o famoso sentimento “me lembro disso!”. É marketing com alma e estratégia.
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Sem risco de confusão: Não é relançar uma marca que poderia impactar o mercado. É um movimento pontual — o melhor dos dois mundos: reconhecimento de marca sem comprometer posicionamento atual.
O cenário por trás dessa jogada
Nos anos 80 e 90, a Kolynos dominava o mercado brasileiro, com até 52% de participação, enquanto a Colgate tinha cerca de 27%. Quando a Colgate comprou a Kolynos, o CADE exigiu que a marca saísse do mercado por quatro anos — daí surgiu a Sorriso, com fórmula e visual parecidos.
Apesar disso, a Kolynos nunca foi esquecida. Até hoje, ela vive no imaginário brasileiro e até nos e-commerces de importados, com tubos vindos da Argentina e do Paraguai.
Resumo do relançamento
Elemento | Detalhes principais |
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Marca | Sorriso — edição limitada inspirada na Kolynos |
O que mudou | Voltam a fórmula clássica e a identidade visual da Kolynos |
Por que agora? | Celebração dos 28 anos de Sorriso, conectando gerações |
Estratégia | Afeto + nostalgia + marketing pontual sem mudar brand equity |
Para fechar com estilo
Essa ação é um exemplo elegante de como uma marca pode usar a nostalgia para reforçar sua relevância — sem precisar voltar no tempo de verdade.
É um piscar de olhos ao passado, com os pés fincados no presente.
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