A Burberry anunciou um plano ousado de reestruturação global: serão cortados cerca de 1.700 empregos — aproximadamente 20% de sua força de trabalho — como parte de uma estratégia para economizar £60 milhões até o ano fiscal de 2027.
A decisão vem após um ano fiscal desafiador, no qual a empresa registrou um prejuízo de £66 milhões, revertendo o lucro de £383 milhões do ano anterior. As vendas caíram 12%, com destaque para a queda de 15% na China, impactada por tensões comerciais entre EUA e China.
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Demissões e cortes operacionais: onde e por quê
Os cortes afetarão principalmente os escritórios centrais, incluindo Londres, e a fábrica em Castleford, onde o turno noturno será encerrado. Apesar disso, a Burberry planeja investir significativamente na unidade de Castleford, reforçando seu compromisso com a produção no Reino Unido e a preservação do “artesanato britânico”.
O CEO Joshua Schulman, à frente desde julho de 2024, está implementando a estratégia “Burberry Forward”, que visa focar em produtos icônicos como trench coats e lenços, atualizar as lojas e alcançar uma receita de £3 bilhões até 2029.
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Reação do mercado e perspectiva para o futuro
Curiosamente, o mercado reagiu positivamente: as ações da Burberry subiram 17% após o anúncio das medidas de economia. Analistas veem isso como um sinal de que a empresa está tomando medidas decisivas para se adaptar a um mercado de luxo em transformação.
Em resumo, a Burberry está passando por uma transformação significativa, buscando eficiência e foco em seus produtos mais emblemáticos para enfrentar os desafios do mercado de luxo global.