Pague Menos tem lucro recorde, mas ações caem – CEO aproveita para comprar mais

Pague Menos tem lucro recorde, mas ações caem – CEO aproveita para comprar mais

A rede de farmácias Pague Menos surpreendeu o mercado ao apresentar resultados financeiros robustos no quarto trimestre de 2024, mas, paradoxalmente, viu suas ações despencarem mais de 10% no pregão seguinte. A empresa registrou um aumento de 17,4% na receita bruta, atingindo R$ 3,6 bilhões, e um lucro líquido de R$ 77 milhões, uma alta de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior. Além disso, a Pague Menos ampliou sua participação de mercado em 35 pontos-base nacionalmente, com destaque para o Nordeste (82 bps), Centro-Oeste (34 bps) e Norte (19 bps).

Apesar desses números expressivos, as ações da companhia abriram em alta de 4%, mas rapidamente inverteram o movimento, chegando a cair 12% e encerrando o dia com uma queda de 9%. Analistas do mercado ficaram perplexos com essa reação, já que não houve informações negativas na teleconferência que justificassem tal desempenho.

Alguns especulam que comentários sobre a capacidade da empresa em realizar novas aquisições possam ter gerado preocupações, embora a própria Pague Menos tenha afirmado não estar buscando aquisições no momento.

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Confiança do CEO da Pague Menos e recompra de ações

O CEO da Pague Menos, Jonas Marques Neto, demonstrou confiança na solidez da empresa ao aproveitar a queda das ações para aumentar sua participação acionária. Ele afirmou que, desde sua entrada na companhia, nunca vendeu as ações que recebeu e tem adquirido mais a cada trimestre, ressaltando que não vê outro ativo na Bolsa tão subvalorizado quanto o da Pague Menos.

A empresa também possui um programa de recompra de ações em andamento, destinado a atender ao plano de opções de ações dos funcionários, embora não tenha realizado recompras recentemente. Na teleconferência com analistas, a Pague Menos destacou que as expansões serão conduzidas com cautela, planejando a abertura de cerca de 50 novas lojas este ano, com foco na redução do endividamento.

A companhia também informou que os resultados de janeiro e fevereiro superaram as metas estabelecidas internamente.

Em suma, mesmo diante de resultados financeiros sólidos e estratégias bem delineadas, a Pague Menos enfrenta a volatilidade do mercado, enquanto seus executivos mantêm a confiança no potencial de crescimento e valorização da empresa.

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Impactos deste cenário no varejo

No varejo, essa situação destaca a desconexão que pode ocorrer entre o desempenho operacional de uma empresa e a reação do mercado financeiro. Apesar do crescimento expressivo da receita, da lucratividade e da expansão de mercado, fatores subjetivos, como a percepção dos investidores sobre a capacidade da empresa de realizar novas aquisições ou sua estratégia de crescimento, podem impactar significativamente o valor das ações.

Isso reforça a importância da comunicação clara das empresas varejistas com o mercado, bem como da gestão eficiente da volatilidade acionária.

Além disso, a confiança demonstrada pelo CEO e o programa de recompra de ações sinalizam ao mercado um compromisso com a valorização dos ativos, o que pode fortalecer a posição da Pague Menos no longo prazo.

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