A Black Friday é sinônimo de grandes descontos e alto volume de vendas, mas também se tornou um dos momentos mais críticos para a segurança digital. O aumento das transações online atrai cibercriminosos que aproveitam a empolgação dos consumidores e as vulnerabilidades das empresas para aplicar golpes.
Segundo levantamento da Serasa Experian, em 2024 foram registradas 32,4 mil tentativas de fraude digital durante a campanha, com prejuízos evitados que somaram R$ 51,8 milhões. O número de transações suspeitas bloqueadas cresceu 270% em relação ao ano anterior, evidenciando a escalada dos ataques.
🚨 Ataques concentrados na madrugada
De acordo com o estudo, os ataques se intensificam entre 0h e 2h da manhã, período em que o volume de compras é menor, mas a taxa de fraude dobra. Para Robertson Kieling, CIO e Head de Cybersecurity da SOU, isso mostra como os criminosos seguem o comportamento dos consumidores:
“Durante campanhas promocionais como a Black Friday, os ataques de phishing se multiplicam. Sites falsos, e-mails com promoções relâmpago e links maliciosos são usados para capturar dados pessoais e bancários. A empolgação não pode substituir a cautela.”
⚠️ Principais riscos
- Consumidores: compras em sites falsos, uso de senhas fracas e ausência de autenticação multifator.
- Empresas: exposição de canais digitais, falhas em sistemas de pagamento e danos à reputação.
🛡️ Ferramentas de proteção para empresas
Para reduzir riscos, Kieling recomenda que e-commerces invistam em soluções como:
- DRPS (Digital Risk Protection Services): detecta e derruba sites falsos.
- WAF (Web Application Firewall): protege aplicações web contra invasões.
- IAM (Identity Access Management) e MFA (Multi Fator de Autenticação): garantem segurança de identidades e acessos.
✅ Boas práticas para consumidores
Mesmo usuários experientes podem cair em golpes. Por isso, algumas recomendações simples ajudam a evitar dores de cabeça:
- Verifique o domínio do site antes de comprar, dando preferência aos “.com.br”.
- Evite clicar em links recebidos por e-mail ou redes sociais.
- Utilize cartões virtuais e métodos de pagamento com proteção contra fraudes.
- Ative notificações de transações nos aplicativos bancários.
📊 Segurança como estratégia de negócio
Para as empresas, além da tecnologia, é essencial treinar equipes e manter monitoramento contínuo de ameaças. Como reforça Kieling:
“A segurança da informação não é mais apenas um tema técnico. É uma pauta de negócio, reputação e continuidade operacional. Proteger o consumidor é proteger o negócio.”
Mais do que aproveitar descontos, a Black Friday exige atenção redobrada. Com práticas seguras e investimentos em proteção digital, consumidores e empresas podem transformar o período em uma oportunidade sem riscos.
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