O ecossistema de inovação brasileiro segue em expansão e, em 2025, uma startup do Rio de Janeiro conquistou destaque nacional. A Minha Coleta, especializada em logística reversa e rastreabilidade de resíduos, foi reconhecida como uma das 10 melhores cleantechs no Ranking 100 Open Startups, levantamento que aponta as empresas mais atrativas para o mercado corporativo em iniciativas de inovação aberta.
Soluções para rastreabilidade e governança ambiental
A proposta da Minha Coleta é estruturar cadeias de destinação com comprovação ambiental, permitindo que resíduos sejam rastreados desde a geração até a destinação final. Essa atuação responde diretamente às demandas de empresas que precisam cumprir metas de logística reversa e fortalecer sua governança ambiental diante de normas cada vez mais rigorosas.
Sob a liderança do CEO Eduardo Nascimento, especialista em ESG com mais de 20 anos de experiência, a startup ampliou parcerias e investiu em tecnologias voltadas à transparência e ao monitoramento de resíduos. Para Nascimento, o reconhecimento no ranking reflete uma mudança de mentalidade:
“A logística reversa deixou de ser periférica e passou a integrar a estratégia das empresas. Estar nesta lista é também uma responsabilidade: precisamos continuar entregando soluções que ajudem o país a enfrentar um problema estrutural.”
Inovação aberta e economia circular
A 10ª edição do Ranking 100 Open Startups celebra uma década de inovação aberta no Brasil. Desde 2016, a plataforma registra contratos entre corporações e startups e se consolidou como a principal base de dados sobre open innovation na América Latina. Em 2025, o mercado já soma R$ 17 bilhões em contratos ativos.
Para o Rio de Janeiro, a presença da Minha Coleta reforça o papel do estado na agenda da economia circular e das tecnologias limpas, em linha com a crescente valorização de soluções que unem dados, rastreabilidade e comprovação ambiental.
Investimento para expansão
Além do reconhecimento, novembro trouxe outro marco para a startup: a captação de R$ 1 milhão em investimento, liderada pela Bossa Invest e Poli Angels. O aporte será destinado à estruturação e expansão da empresa.
Segundo Daniel Coimbra, da Bossa Invest, o modelo de negócio da Minha Coleta responde a um desafio urgente:
“O país ainda convive com mais de 3 mil lixões ativos e baixa transparência. A digitalização da cadeia de resíduos é inevitável. Plataformas como a Minha Coleta reduzem custos regulatórios, aumentam eficiência e viabilizam mercados ambientais, como os créditos de logística reversa.”
Um sinal de maturidade do setor verde
A trajetória da Minha Coleta mostra que o setor de cleantechs e greentechs no Brasil está amadurecendo. Em um cenário em que consumidores exigem políticas ESG e a urgência climática pede soluções tecnológicas, startups capazes de atrair investimento e entregar impacto real se tornam referência para o mercado.
Mais do que um reconhecimento, a presença da Minha Coleta entre as 10 melhores cleantechs do país é um indicativo de que a inovação sustentável está deixando de ser tendência e se consolidando como estratégia essencial para o futuro das empresas.





