Os consumidores brasileiros receberam uma boa notícia este mês: a inflação começa a dar sinais mais claros de desaceleração. O IPCA-15 de outubro trouxe um resultado positivo tanto no comparativo com o mês anterior quanto em relação ao mesmo período de 2023, mostrando que os preços estão caminhando para mais perto do centro da meta de inflação estipulada pelo Banco Central.
Primeira queda abaixo de 5% em 2024
No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação ficou abaixo dos 5% pela primeira vez no ano — um marco importante após meses de pressão inflacionária. A expectativa é que 2024 termine com uma taxa um pouco acima do limite de 4,5%, sinalizando um cenário econômico mais equilibrado.
O que ainda está pressionando os preços?
Apesar da melhora, alguns itens continuam puxando a inflação para cima. Entre os principais vilões do mês estão:
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Passagens aéreas
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Combustíveis
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Energia elétrica
Esses setores sofrem com variações constantes de custo e ainda não acompanharam o mesmo ritmo de alívio observado em outras áreas.
Bom momento para quem enche o carrinho do supermercado
A maior contribuição para a desaceleração vem justamente de um grupo essencial para o orçamento das famílias, especialmente as de menor renda: a alimentação no domicílio.
Produtos fundamentais no dia a dia do brasileiro apresentaram queda importante em outubro:
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Arroz: -1,37%
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Ovos: -3%
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Leite e cebola também ficaram mais baratos
Esse movimento reforça o ganho de poder de compra, permitindo que os consumidores encontrem mais alívio ao fazer as compras do mês.
E os juros, quando vão cair?
Com a inflação perdendo força gradativamente, cresce a pressão para que o Banco Central inicie um ciclo de redução da taxa básica de juros. Hoje, com juros em torno de 15%, a economia opera com um verdadeiro “freio de mão puxado”, dificultando o acesso ao crédito, desestimulando investimentos e desacelerando a atividade econômica.
Os indicadores atuais sustentam a visão de que já há espaço para cortes sem comprometer o controle inflacionário — e com impacto positivo para o crescimento econômico.
Um final de ano mais favorável
Alguns fatores estruturais reforçam o otimismo para os próximos meses:
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Safra recorde de grãos, ampliando a oferta de alimentos e reduzindo preços da cesta básica.
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Câmbio mais favorável. Diferente do final de 2024, quando o dólar disparou para cerca de R$ 6,50, o cenário atual traz uma cotação mais estável, que ajuda no controle de produtos importados e insumos.
Com isso, a expectativa é de que os consumidores sintam maior alívio no bolso ao longo do restante do ano, preservando o poder de compra e favorecendo um movimento de recuperação econômica gradual.
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