O varejo brasileiro deu um verdadeiro salto de energia em agosto! As vendas cresceram 5,5% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo o indicador IGet, resultado da parceria entre Santander Brasil e Getnet — líder em pagamentos do grupo espanhol.
Destaque: o varejo “puro”
Eliminando as vendas de materiais de construção e peças automotivas (versão chamada de IGet Restrito), o crescimento foi ainda mais impressionante: +12,3% comparado ao ano anterior.
Mês a mês: nuances no panorama
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IGet ampliado (vendas totais): queda de 0,1% em relação a julho.
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IGet restrito: crescimento de 0,6% frente ao mês anterior.
Apesar da leve retração no índice geral, o core do varejo segue com força — especialmente onde o consumo é direto no dia a dia.
O que impulsionou esse movimento?
Economistas Gabriel Couto e Rodolfo Pavan apontam três catalisadores essenciais:
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Linha de crédito consignado para trabalhadores do setor privado;
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Pagamentos de precatórios que injetaram renda na economia;
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Um mercado de trabalho ainda aquecido e dinâmico.
Contudo, os especialistas alertam que a política monetária mais rígida pode frear essa animação nos próximos meses.
E os serviços às famílias?
Enquanto o varejo surfava essa onda positiva, o setor de serviços voltados às famílias enfrentou solavancos:
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Caiu 5% na comparação anual (agosto de 2024 para agosto de 2025);
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Mas teve uma leve recuperação de 3,8% frente a julho.
Em resumo
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+5,5% no varejo ampliado (ainda robusto);
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+12,3% no varejo restrito — onde o consumidor “de verdade” atua;
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Movimento mensal misto: retração geral, avanço no varejo puro;
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Crédito e mercado de trabalho mantêm o motor ligado;
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Risco à vista? Sim: a política monetária mais rígida pode frear essa retomada;
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Serviços familiares caem, mas mostram sinais tímidos de recuperação.
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