O comércio varejista brasileiro teve um tombo de -0,2% em setembro, já descontada a inflação, na comparação com o mesmo mês de 2024. Mas calma: no valor “bruto” (sem descontar os preços), o varejo aponta crescimento de 4,3%. Mesmo com essa queda real, setembro foi o melhor mês do terceiro trimestre para o setor.
📉 Bens duráveis puxam para baixo
O segmento de bens duráveis e semiduráveis foi o vilão da história — ele foi o único a fechar no vermelho, com queda de 2,3% no ano contra o mesmo mês passado. Mas nem tudo desandou: dentro desse grupo, móveis, eletrodomésticos e “lojas de departamento” tiveram desempenho positivo, beneficiados por descontos promovidos na “Semana do Cliente”. Por outro lado, vestuário e artigos esportivos sentiram o impacto dos preços mais altos e caíram em vendas.
✨ Destaque: serviços em alta
No outro extremo, o setor serviços brilhou. Foi quem mais sustentou crescimento real — desde maio, o segmento segue em alta. Dentro dele, turismo e transporte se destacaram, impulsionados pela queda de 2,61% nas passagens aéreas. Já o setor de alimentação foi o que mais desacelerou.
🛒 Varejo físico e online: crescimento real
No varejo físico, as vendas subiram 3,7% (nominalmente) em setembro. O e-commerce foi ainda mais vibrante: crescimento de 6%, também em valor nominal. Ambos os canais aceleraram levemente em relação ao mês anterior.
📍 Diferenças regionais marcantes
Em termos reais (ajustados pela inflação), o varejo recuou com mais força nas regiões de renda mais baixa:
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Norte: –4,6%
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Nordeste: –3,4%
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Centro-Oeste: –2,7%
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Sul: –2,2%
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Sudeste: –1,6%
Mas, sem ajuste inflacionário, todos os estados tiveram avanço:
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Sudeste: +2,7%
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Sul: +2,6%
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Centro-Oeste e Norte: +1,5%
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Nordeste: +1,1%
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