O que rolou? Desde agosto de 2024, o Brasil passou a cobrar 20% de imposto sobre remessas internacionais até US$ 50 (a famigerada “taxa das blusinhas”), antes isentas. Em apenas um mês, o volume de compras da Shein e outras fast-fashion asiáticas despencou — e as varejistas locais comemoram.
📉 Queda brutal nas compras
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Em junho de 2025, as importações de até US$ 50 foram 29% menores que em junho de 2024 e 3% abaixo de maio de 2025.
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Um ano atrás? Eram 18,6 milhões de itens importados. Em junho, apenas 12,7 milhões. Queda de mais de 30% num ano.
💸 Dinheiro no caixa: queda real na receita
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As vendas da Shein renderam R$ 1,29 bi em junho, contra R$ 1,32 bi em maio (queda de 2%).
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Comparado a julho de 2024 (R$ 1,58 bi), a queda foi de 18%. Em agosto de 2024, logo após o imposto, a receita despencou 43% — para R$ 985 mi .
🚦 Concorrência limitada, competição forte
Aumento de ICMS no mesmo teto elevou custos de importação ainda mais — deixando Shein e similares com pouca folga contra Renner, C&A e Riachuelo. A vantagem de preços foi reduzida: onde antes eram 40% mais baratos, hoje operam com apenas 10% de vantagem, praticamente empatando.
🔄 Mudança de rota: Shein aposta no marketplace local
Mesmo com os frequentes tombos nas compras internacionais, a empresa tenta se reinventar: intensificou a expansão de sellers locais dentro de seu marketplace, estratégia semelhante à que a Shopee adotou NeoFeed.
📊 E as varejistas brasileiras, como estão?
Vem por aí:
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Renner: receita líquida subiu 12% para R$ 2,7 bi e lucro disparou 58,7% (R$ 221 mi) no 1º trimestre.
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C&A: crescimento de 10,9% (R$ 1,612 bi).
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Guararapes (Riachuelo): +10,6% em receita (R$ 2,2 bi).
As ações? A Renner acumula +55,5% em 2025, C&A +143,5%, Guararapes +42,1%