Queda nas promoções de destilados reflete impacto da adulteração de bebidas e mudança no comportamento do consumidor

Queda nas promoções de destilados reflete impacto da adulteração de bebidas e mudança no comportamento do consumidor

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As campanhas promocionais de bebidas destiladas nos supermercados registraram uma retração expressiva nas últimas semanas, acompanhando a perda de confiança do consumidor após a divulgação de casos de bebidas adulteradas com metanol, que resultaram em mortes no Brasil.

Segundo dados da Shopping Brasil (https://w0.shoppingbrasil.com.br/), empresa referência no monitoramento de ofertas do varejo, o volume de anúncios de destilados caiu de 20,7% na segunda semana de setembro para 19,9% no fim do mês, chegando a 17,2% na primeira semana de outubro. O levantamento considera campanhas publicadas em redes sociais, comerciais de TV e encartes físicos e digitais dos principais varejistas nacionais e regionais.

Reposicionamento estratégico: cervejas e vinhos ganham espaço

Enquanto os destilados perderam espaço, outras categorias se fortaleceram nas ações promocionais. As cervejas avançaram de 25,6% para 27%, e os vinhos, espumantes e fermentados cresceram de 16,9% para 17,4% no mesmo período, sinalizando um reposicionamento estratégico dos supermercados para priorizar produtos com maior estabilidade de demanda e credibilidade junto ao público.

De acordo com Renata Gonzalez, sócia e diretora Comercial da Shopping Brasil, os destilados tradicionalmente ocupam papel de destaque nas campanhas de fim de ano — especialmente durante a Black Friday, quando o consumidor busca itens premium com descontos relevantes.

“Os recentes casos de adulteração impactaram diretamente a confiança do mercado e levaram a uma redução nas ações promocionais voltadas aos destilados”, explica Renata. “Por outro lado, percebemos um avanço de outras categorias alcoólicas, como cervejas e vinhos, o que reforça a importância de os varejistas ajustarem suas estratégias de comunicação e sortimento para acompanhar as mudanças de comportamento do consumidor”, complementa.

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