A produção de motocicletas no Brasil está acelerando com tudo: de janeiro a julho de 2025, saíram das fábricas do Polo Industrial de Manaus impressionantes 1.141.011 unidades, um salto de 12,4 % sobre o mesmo período do ano passado — o melhor desempenho para esse trecho em 14 anos, e o terceiro maior volume registrado na história.
Claro, o mês de julho teve uma leve desaceleração, com 140.262 motos produzidas — queda de 4,7 % em relação a julho de 2024 e 9 % em comparação a junho. Mas nada surpreendente: férias coletivas e manutenções nas linhas de produção já estavam programadas.
Modelo Street lidera, baixa cilindrada domina
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Street está no topo, respondendo por 50,9 % da produção acumulada no ano.
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Na sequência vem a Trail (20,9 %) e as Motonetas (13,6 %).
Em julho, o panorama foi parecido:
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Baixa cilindrada monopolizou 76 % da produção — cerca de 106.600 unidades.
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Média cilindrada: 20,7 % (29.061 unidades).
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Alta cilindrada: apenas 3,3 % (4.601 unidades).
Vendas aquecidas: emplacamentos batem recorde
Não é só a produção que está voando alto. No varejo, as vendas também mostraram força:
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Janeiro a julho: foram licenciadas 1.222.758 motocicletas, um aumento de 12,2 % em relação ao ano anterior — o melhor acumulado da série histórica.
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Somente em julho, foram 193.212 emplacamentos, alta de 23,1 % sobre julho de 2024 e 7,7 % em relação a junho. Foi o segundo melhor julho de toda a série histórica.
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Média diária de vendas — considerando 23 dias úteis — ficou em 8.401 motos por dia.
Exportações também sobem, mas julho surpreende com queda
O Brasil também exportou mais:
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Janeiro a julho: foram enviadas 21.290 motos, representando alta de 13,1 % sobre o ano anterior.
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Em contrapartida, julho registrou apenas 2.679 exportações, queda de 14,1 % sobre julho de 2024 e 12,6 % em relação a junho.
Em resumo
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Produção: +12,4 % no acumulado, recorde em 14 anos;
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Street e baixa cilindrada dominam o parque fabril;
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Vendas internas bombando, com recordes históricos;
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Exportações em alta no ano, mas uma piscada de redução em julho.
Apesar do freio em julho, o panorama geral segue acelerado, impulsionado pela demanda e pela força do mercado interno. O presidente da Abraciclo, Marcos Bento, ressalta que o segundo semestre pode trazer desafios, dada a conjuntura macroeconômica, mas a indústria segue firme e abastecendo o país com energia e confiança.
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