Nos últimos anos, vimos surgir (e se fortalecer) uma série de expressões curiosas e cativantes no universo digital. Tudo começou com o famoso “pai de pet”, ganhou versões como “pai de planta”, evoluiu para o “pai de airfryer” e agora chegou ao inusitado — e polêmico — “pai de boneca reborn”. 🍼
Por trás dessas expressões divertidas, há muito mais do que memes e postagens virais. Elas revelam padrões de comportamento, novos hábitos de consumo e, principalmente, necessidades emocionais profundas da sociedade atual.
De pets a eletrodomésticos: o que estamos tentando preencher?
A cada nova fase, surge um novo objeto de cuidado, afeto ou obsessão. O “pai de pet” — termo que se popularizou fortemente com a humanização dos animais de estimação — abriu caminho para outras formas de se relacionar com o mundo ao nosso redor.
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Pai de planta: floresceu no auge da pandemia, quando o contato com a natureza virou remédio emocional.
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Pai de airfryer: ícone de praticidade moderna, é o símbolo da autonomia doméstica e do “gourmet de apartamento”.
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Pai de reborn: um reflexo mais sensível e complexo, envolvendo o desejo de cuidar, de acolher e até de elaborar lutos e afetos.
Essas tendências apontam para uma sociedade cada vez mais individualizada, mas com forte necessidade de criar vínculos, mesmo que com objetos ou elementos simbólicos.
Microtendências que dizem muito sobre a gente
Esses movimentos não são isolados. Eles fazem parte do que chamamos de microtendências de comportamento — padrões sutis, mas significativos, que nascem nas redes sociais e se espalham como formas de expressão, conexão e identidade.
Ser “pai de” é, muitas vezes, uma resposta emocional ao vazio, ao excesso de responsabilidade, ao isolamento ou à busca por propósito em meio à rotina caótica.
O poder do afeto na era do consumo emocional
Essas microtendências também revelam uma virada no consumo: não compramos mais só por utilidade, mas por identificação. Uma planta, um pet, uma airfryer ou até uma boneca reborn não são apenas o que são — elas carregam significados.
E o mercado entendeu isso. Produtos, marcas e conteúdos passaram a se moldar a esses movimentos, oferecendo experiências afetivas, estéticas e simbólicas para públicos cada vez mais segmentados e emocionalmente engajados.
E agora: qual será o próximo “pai de”?
A pergunta que fica é: qual será o próximo objeto de afeto, cuidado ou identificação? A resposta talvez esteja nas próximas inquietações emocionais que surgirem — e nas formas criativas que encontrarmos para lidar com elas.
Enquanto isso, vale olhar para trás e refletir: você já foi “pai de” alguma dessas tendências?
Conte pra gente nos comentários!