Do palco da NRF Europa, em Paris, projetos ambiciosos tomaram forma — e mostraram que o varejo não é mais apenas presencial ou online: ele é os dois ao mesmo tempo.
Best Buy: do estoque ao serviço, tudo sob inteligência artificial
Mark Irvin, vice-presidente de Supply Chain da Best Buy, revelou como a IA virou peça-chave de transformação:
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Os centros de distribuição agora usam automação para cortar estoque excedente e custos.
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Parcerias inteligentes, como com a FedEx, permitem que um cliente receba um pedido em 1 dia após a compra.
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Com modelos preditivos alimentados por dados, a empresa ajusta estoques com precisão — evitando rupturas e excessos.
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E nas lojas, os colaboradores (chamados “big squads”) foram treinados para se tornarem conselheiros personalizados: ajudam na decisão, tiram dúvidas — vão além do atendente comum.
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A sustentabilidade também entrou no radar: redução de energia nos CDs e nas lojas, aproveitamento eficiente de recursos — pois o consumidor valoriza empresas que cuidam do meio ambiente.
MediaMarktSaturn: omnicanalidade como base da experiência
Para Kai Ulrich Deissner, CEO do grupo MediaMarktSaturn, o varejo moderno não é multicanal — omnicompleto.
Ele destacou quatro “experiências” que definem quem vai liderar:
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Experiência do cliente — ofertas personalizadas, jornada fluida entre loja física e digital.
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Experiência do colaborador — equipes bem capacitadas que interagem de forma consultiva.
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Experiência de uso — o produto precisa entregar valor real, não apenas promessa.
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Experiência de impacto — valor ambiental e social incorporado ao negócio.
Deissner reforçou que o consumidor não espera mais; hoje tudo gira no celular, e quem não acompanha isso já está ficando para trás.
Meios de pagamento: o Brasil na frente
No debate sobre pagamentos, surgiram tendências que já são comuns por aqui, mas ainda estão engatinhando em muitos mercados:
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Pagamentos por aproximação
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“Buy Now, Pay Later” (compre agora, pague depois)
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Criptomoedas como meio de pagamento
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IA e machine learning usados para personalização, prevenção de fraudes e segurança
E o que chamou atenção: o Brasil aparece como um país que já dominou muitos desses recursos, entregando uma experiência mais integrada ao consumidor.
Você pode se interessar por isso: Abordagem, sangue nos olhos, faca na caveira? Até quando vamos continuar agredindo nossos consumidores?