Novo estudo revela os bastidores do algoritmo de ranqueamento do Google

Novo estudo revela os bastidores do algoritmo de ranqueamento do Google

Um vazamento inédito de documentos internos do Google, analisado em 2024 e ampliado por estudos recentes em 2025, trouxe à tona detalhes surpreendentes sobre como o maior buscador do mundo realmente organiza seus resultados.

O que se descobriu é um sistema altamente dinâmico, sustentado por mais de 1.200 experimentos simultâneos, sendo 800 deles ativos apenas em junho de 2025.

O que está por trás da inteligência do Google

Entre os achados mais relevantes está a existência de múltiplas variações do PageRank, incluindo uma chamada PageRank_NS (Nearest Seed). Essa versão se concentra em entender relações entre documentos e agrupá-los por similaridade temática — o que ajuda o Google a avaliar relevância de páginas dentro de clusters específicos de conteúdo.

Outra descoberta significativa é o uso da métrica chamada siteAuthority, um indicador que mede a autoridade de um site com base em tópicos específicos, além do Host NSR (Host-Level Site Rank), que avalia rankings considerando diferentes seções de um mesmo domínio.

A força dos dados de navegação

O estudo também confirmou a atuação decisiva do sistema NavBoost, que utiliza informações do navegador Google Chrome para alimentar o ranqueamento das páginas.
Ou seja, comportamentos reais dos usuários — como cliques, tempo de permanência, taxa de rejeição e duração da sessão — são usados como sinais diretos de relevância.

Essas métricas ajudam o algoritmo a priorizar conteúdos que demonstram engajamento e entregam uma boa experiência ao usuário, dando a eles uma vantagem visível nos resultados de busca.

Machine Learning e Semântica no centro do jogo

Além disso, o NSR (Neural Search Ranking) emprega inteligência artificial para interpretar o contexto semântico dos conteúdos na web. Isso permite que o Google compreenda melhor o significado por trás dos textos, indo além de palavras-chave exatas.

No coração de toda essa arquitetura está o princípio conhecido como “Entities Everywhere”. Isso significa que o Knowledge Graph — o grafo de conhecimento do Google — funciona como o eixo central que alimenta não apenas o buscador, mas também produtos como YouTube, Google Maps, Google Discover, Gemini, Assistant e AI Overviews.

O Livegraph, componente responsável pela validação dessas informações, atribui diferentes níveis de confiança às conexões entre entidades. As fontes são classificadas da seguinte forma:

  • kc: dados oficiais e altamente confiáveis;

  • ss: extraídos da web com menor grau de verificação;

  • hw: curadoria humana especializada.

O que isso muda para o SEO?

Esse ecossistema revela que o Google não depende mais apenas de links e palavras-chave. Ele se baseia fortemente em dados comportamentais, semântica e validação cruzada de fontes.

A autoridade de uma marca ou site passa a depender não só da quantidade de backlinks, mas de como ela é reconhecida por outras entidades confiáveis no ecossistema digital.

Ou seja: construir autoridade hoje significa garantir que a sua marca esteja semanticamente associada aos termos e tópicos mais relevantes do seu mercado — e seja validada por fontes sólidas.

Branding Semântico: SEO de próxima geração

Esse entendimento dá origem ao conceito de Branding Semântico, criado por Diego Ivo, CEO da Conversion. A metodologia busca posicionar marcas de forma estratégica no universo semântico do Google, garantindo que elas sejam citadas, compreendidas e associadas corretamente aos temas-chave dentro de seu nicho.

Mais do que otimizar para o algoritmo, trata-se de construir presença significativa, consistente e confiável na teia de conexões digitais.

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