Miopia na liderança

Miopia na liderança

A Miopia da Liderança: Está na Hora de Parar e Pensar no Herói da Ponta.

Liderar nunca foi tão urgente — nem tão mal compreendido. No meio de tanta informação, conteúdo, inteligência artificial e pressão por produtividade, o que mais falta é exatamente o que faz a diferença: pensamento crítico com propósito.

Liderar é pensar no outro, especialmente no herói da ponta — aquele profissional que está ali todos os dias, cara a cara com o cliente, resolvendo, acolhendo, vendendo, encantando.

O Líder Querido das Redes, mas Ausente da Realidade

Segundo uma pesquisa realizada pela Brunswick, 82% das pessoas acham que o líder tem que estar nas redes sociais. Mas eu pergunto: e na realidade da operação, ele está? Porque a presença no Instagram não garante presença na loja, no chão da fábrica ou no call center. A hiperexposição digital criou líderes que opinam sobre tudo, mas refletem pouco. E o pior: decidem em cima de likes e curtidas, não de conversas e confrontos produtivos com sua equipe.

A superficialidade que mata a estratégia

A liderança anda evitando o que deveria enfrentar. Medo de críticas, necessidade de agradar, consensos acomodados. Tudo isso empurra o líder para longe do time, do cliente e do compromisso com a melhoria contínua. A inovação não morre por falta de ideias. Morre por falta de coragem.

Inteligência artificial não substitui consciência humana

A IA é fantástica, sim. Mas está virando muleta para preguiçoso mental. Tem gente perguntando pro robô o que ainda nem parou pra pensar sozinho. A curiosidade, a dúvida boa, o pensamento lateral — estão sendo terceirizados. E isso é perigoso. Porque liderar exige lucidez, não automatismo.

A hora da virada: liderar é enxergar gente

Está na hora de desacelerar. Parar pra escutar. Mergulhar na operação. Voltar a olhar no olho. Resgatar a cultura, o tempo de qualidade, o senso coletivo. Porque não existe transformação real sem conexão com quem entrega o que a empresa promete. E quem faz isso? O herói da ponta.

A verdadeira revolução da liderança não é sobre produtividade

É sobre presença, propósito e pensamento crítico a serviço de gente que faz. É sobre parar de olhar o Excel e começar a conversar com quem faz o número acontecer. É sobre transformar cultura em resultado — e isso começa com o líder presente, lúcido e comprometido com a experiência do cliente e do time.

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