L’Oréal Brasil: Chegou para revolucionar, não para se render

L’Oréal Brasil: Chegou para revolucionar, não para se render

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Quando Marcelo Zimet assumiu o comando da L’Oréal Brasil em 2019, o cenário era desafiador: o consumidor encolhia seus gastos, marcas cortavam custos ou reduziam embalas. Mas Zimet recusou o jogo da barganha. “Aqui, nunca jogamos esse jogo”, afirmou com convicção.

Inovação como motor de crescimento

Ao invés de reduzir preços, a empresa acelerou lançamentos premium e inovadores — e o público respondeu. Graças ao parcelado sem juros, mesmo produtos de ticket mais alto ganharam espaço no brasileiro cotidiano. É o que mostra uma reportagem publicada no Brazil Journal.

Resultados em dose dupla para a L’Oréal Brasil

O resultado não foi apenas boa performance — foi domínio. A L’Oréal Brasil cresceu dois dígitos nos últimos cinco anos e, nos primeiros seis meses de 2025, avançou 11% em receitas, superando o crescimento do mercado nacional, de 8%.

Conquista de market share — pura estratégia

Zimet é enfático: ganhar participação de mercado não tem a ver com economia, mas com execução. “Nosso grande motor nos próximos anos é a inovação e como ativamos nossas marcas”, disse ele — e isso fez toda a diferença.

Brasil como polo de inovação global

Das 37 marcas globais da L’Oréal, 22 estão no país — inclusive duas recém-chegadas: Matrix (produtos profissionais para cabelo) e Valentino (luxo em fragrâncias, de R$ 799 a R$ 1.200).

Mas a estratégia vai além de escolher prateleiras brasileiras. O Brasil virou base para criação: produtos desenvolvidos aqui agora são exportados globalmente. Exemplo? Elseve: depois de quatro anos de reformulação, virou líder no país e chegou ao mundo com sua nova fórmula. Garnier Toque Seco é outro sucesso nacional que cruzou fronteiras.

Crescimento via aquisições inteligentes

A L’Oréal investe estrategicamente em aquisições. No Brasil, incorporou Niely (2015) e Colorama (2001). Globalmente, adquiriu a Aesop da Natura, ainda que esteja reavaliando sua presença local e não descarta reabrir lojas no futuro.

Brasil: um dos gigantes do grupo

Zimet ressalta que o Brasil está entre os top 10 mercados globais para a L’Oréal — junto a EUA, China, Japão —, e fica, muitas vezes, entre o 3º ou 4º lugar em representatividade. Crescemos 11% no primeiro semestre de 2025, contra apenas 3,2% do consolidado global.

A consumidora brasileira também cria oportunidades únicas: enquanto a europeia usa em média 3–4 produtos de cabelo, a brasileira usa 7–8. Essa sofisticação abre espaço para inovação e consolidação — ainda há muito a ser explorado no varejo aqui.

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