A Jaguar está atravessando um verdadeiro pesadelo: em abril de 2025, as vendas da marca na Europa despencaram incríveis 97,5% em relação a abril do ano anterior. Foram apenas 49 carros vendidos — isso mesmo, 49 unidades — contra 1.961 no mesmo mês de 2024.
No acumulado de janeiro a abril, o tombo também impressiona: as vendas caíram 75,1%, totalizando míseros 2.665 veículos em quatro meses. Um colapso histórico.
O motivo? O polêmico rebranding lançado em novembro de 2024. Batizada de “Copy Nothing”, a campanha trouxe um vídeo de 30 segundos com modelos vestindo roupas excêntricas em cenários surreais — mas nenhum carro Jaguar apareceu.
A promessa era projetar a marca para o futuro, mas o resultado foi um tiro no pé: em vez de reforçar a herança em design e automobilismo de luxo, a Jaguar alienou clientes fiéis e não conseguiu atrair novos compradores.
A situação fica ainda mais crítica quando se olha para os rivais: enquanto a Jaguar despenca, marcas como BMW cresceram 32,4% nas vendas de elétricos e a Audi saltou 50,4% no mesmo segmento, consolidando-se como alternativas desejadas no mercado premium.
🔎 Por que isso importa?
Esse fiasco se tornou um dos maiores fracassos de rebranding da década. A Jaguar mostrou de forma dolorosa que reinventar uma marca não significa abandonar suas raízes. A inovação precisa nascer do legado — e não atropelá-lo. Caso contrário, o risco é perder tanto o público tradicional quanto a relevância no mercado.
Enquanto isso, outras marcas de luxo como Porsche e Volvo fizeram a transição para veículos elétricos sem sacrificar suas identidades. Resultado? Mantiveram clientes antigos e conquistaram novos admiradores.
Para dimensionar o estrago: em todo o ano de 2024, a Jaguar vendeu pouco mais de 26 mil carros, um volume pífio quando comparado às mais de 180 mil unidades vendidas em 2018 — um tombo que resume a crise.
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