O Brasil desacelerou — mas continua firme! No segundo trimestre de 2025, o PIB cresceu apenas 0,4% em relação aos três meses anteriores — bem abaixo dos 1,3% de avanço no primeiro trimestre, mas ainda acima da expectativa do mercado, que girava em torno de 0,3%.
Mesmo com essa desaceleração, o PIB atingiu o maior nível já registrado desde 1996 — um marco histórico para a economia brasileira. Na comparação anual, o crescimento ficou em 2,2%, alinhado às projeções de mercado.
O que impulsionou — e freou — esse ritmo do PIB?
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Serviços em alta: o setor cresceu 0,6%, apoiado por finanças, seguros, comunicação e transporte — ainda resistente aos efeitos dos juros altos.
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Indústria em leve recuperação: alta de 0,5%, impulsionada principalmente pela indústria extrativa, com impressionantes +5,4%.
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Agropecuária patinou: recuo de 0,1%, desacelerando após o forte desempenho anterior.
Demanda interna: consumo sustenta, investimentos murcham
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Famílias gastaram mais: consumo doméstico subiu 0,5%, ainda que com desaceleração frente ao 1% do trimestre anterior.
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Gastos do governo caíram: retração de 0,6%.
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Investimentos no gelo: queda expressiva de 2,2%, refletindo os efeitos dos juros elevados.
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Comércio exterior em movimento: exportações cresceram 0,7%, enquanto importações recuaram 2,9% .
Juros altos e inflação desacelerando — equilíbrio delicado
A Selic está em 15%, o maior patamar desde 2006, e permanece elevada para conter a inflação alta. Isso freia o crédito e inibe investimentos. A boa notícia? Serviços e consumo das famílias mostram resiliência graças ao mercado de trabalho aquecido e políticas sociais.
Analistas indicam que esse enfraquecimento pode aliviar pressões inflacionárias — o que abre espaço para o Banco Central começar a reduzir a Selic ainda neste ano.
Projeções para 2025
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A equipe econômica revisou levemente para baixo sua previsão de crescimento em 2,5% para este ano, diante do desempenho mais fraco no segundo trimestre.
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O cenário: crescimento parcial moderado (0,3% tri a tri), com expectativa de 2,3% no ano, mas abaixo de 2% em 2026.
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Em resumo
Destaque | Valor / Tendência |
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Crescimento trimestral | +0,4% (PIB desacelera, mas supera expectativas) |
Serviços | +0,6% (motor resiliente da economia) |
Indústria (extrativa forte) | Indústria +0,5%, extrativas +5,4% |
Investimentos | -2,2% (freio nos planos de expansão) |
Consumo das famílias | +0,5% (resistente, apesar dos juros) |
Projeção anual | 2,3–2,5% para 2025, abaixo de 2% em 2026 |