A Black Friday é uma das datas mais esperadas pelos consumidores — e também uma das mais visadas por golpistas. Com o aumento das compras online e o apelo de descontos irresistíveis, cresce também o número de fraudes digitais que aproveitam a empolgação e a pressa dos consumidores.
Segundo uma pesquisa do Serasa, 8 em cada 10 brasileiros já caíram em algum tipo de golpe durante as promoções, e 67% afirmam ter medo de fraudes ao comprar online. E não é para menos: os criminosos estão cada vez mais sofisticados, criando sites falsos e campanhas que imitam lojas reais.
“A combinação de pressa e falta de verificação é o que mais favorece esses crimes”, explica Rodrigo Garcia, diretor-executivo da Petina Soluções. “Muitos consumidores acreditam estar aproveitando um desconto imperdível, mas acabam fornecendo seus dados pessoais e financeiros a golpistas.”
Se você pretende aproveitar as ofertas sem correr riscos, confira a seguir 6 dicas essenciais para escapar das armadilhas digitais durante a Black Friday.
1. Verifique se o site é realmente seguro
Antes de inserir qualquer dado pessoal ou bancário, confira se o site possui o cadeado de segurança (HTTPS) e se o domínio é o oficial da loja. Sites falsos costumam copiar a identidade visual de grandes varejistas, mas pequenos detalhes podem entregar a fraude — como erros de digitação no endereço, domínios estranhos ou páginas mal formatadas.
💡 Dica: desconfie de links que redirecionam para endereços diferentes do domínio principal da marca.
2. Desconfie de descontos “bons demais para ser verdade”
Promoções agressivas chamam atenção, mas também são um sinal clássico de golpe. Nenhuma loja legítima oferece 80% ou 90% de desconto em produtos populares sem motivo claro.
Antes de finalizar a compra, compare preços em diferentes sites e veja se a oferta condiz com o valor médio do mercado. Essa simples checagem pode evitar grandes prejuízos.
3. Use métodos de pagamento confiáveis
Prefira cartões virtuais ou carteiras digitais — como PayPal, Mercado Pago e Google Pay —, que adicionam camadas extras de segurança. Esses métodos reduzem o risco de exposição dos seus dados em caso de fraude.
Evite pagar boletos enviados por e-mail, WhatsApp ou redes sociais, especialmente se não tiver solicitado. Golpistas costumam falsificar boletos e usar logotipos oficiais para enganar vítimas.
4. Pesquise a reputação da loja
Um dos passos mais importantes (e esquecidos) é verificar a reputação do vendedor antes de comprar. Plataformas como Reclame Aqui, Procon-SP e as próprias avaliações do Google podem revelar se a empresa já teve problemas com entregas, atendimento ou fraudes.
🕵️♂️ Dica: pesquise o nome da loja junto à palavra “golpe” ou “reclamações” no Google. Os resultados costumam revelar muito.
5. Cuidado com links recebidos por mensagens
Durante a Black Friday, é comum receber mensagens com “ofertas imperdíveis”. Mas atenção: links enviados por e-mail, WhatsApp ou redes sociais podem levar a sites falsos criados apenas para roubar dados.
Se uma promoção chamar sua atenção, acesse o site diretamente pelo navegador, digitando o endereço manualmente. Essa simples prática elimina o risco de cair em armadilhas de phishing.
6. Prefira marketplaces reconhecidos
Comprar em marketplaces confiáveis, como Amazon, Magalu, Mercado Livre e Americanas, é uma forma mais segura de aproveitar os descontos. Essas plataformas possuem sistemas de verificação de vendedores, políticas de devolução claras e meios de pagamento protegidos.
Ainda assim, vale a pena checar a reputação do vendedor dentro do marketplace e desconfiar de produtos com preços muito abaixo da média.
Conclusão: atenção é o melhor desconto
A Black Friday é uma ótima oportunidade para economizar, mas a pressa pode custar caro. Pequenos cuidados — como verificar o endereço do site, desconfiar de preços exageradamente baixos e evitar links suspeitos — fazem toda a diferença na segurança das suas compras.
Neste período, a melhor oferta é a que vem com confiança e segurança.
Você pode se interessar por isso: Abordagem, sangue nos olhos, faca na caveira? Até quando vamos continuar agredindo nossos consumidores?
