Benetton em Reestruturação: Futuro Incerto da Grife Italiana

Benetton em Reestruturação: Futuro Incerto da Grife Italiana

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A lendária Benetton, marca italiana de moda com 60 anos de história, está fechando cerca de 500 lojas ao redor do mundo como parte de uma reestruturação iniciada em 2024.

No Brasil, onde brilhou nos anos 90 com lojas próprias, atualmente sua presença é restrita a multimarcas e ao e-commerce — praticamente sem lojas próprias desde os anos 2000.

Do auge ao declínio: o que aconteceu com a Benetton

Nos anos de ouro, a marca explodiu com campanhas ousadas sob o slogan “United Colors of Benetton”, peças coloridas e o famoso “Color Block Sweater”, símbolos de moda e atitude.

Mas o cenário virou: com a ascensão veloz das fast fashions — Zara, H&M etc. —, a Benetton passou a enfrentar dificuldades de acompanhar o ritmo das tendências.

Por que a crise se tornou inevitável

Alguns fatores foram determinantes:

  • As coleções levavam até 12 meses para serem lançadas — um tempo que o mercado atual não admite.

  • Os preços da marca ficaram acima da média do setor, afastando compradores sensíveis ao custo.

  • Em 2023, a empresa registrou prejuízo de 230 milhões de euros; em 2024, somou mais 100 milhões de euros em perdas.

  • Problemas de liderança, custos altos e concorrência agressiva de empresas ágeis completaram o ataque.

O plano de ressurgimento (se ainda houver chance)

Para tentar virar o jogo, a Benetton está adotando medidas drásticas:

  • Cortes de custos e reestruturação interna.

  • Redução do ciclo de produção das coleções para acelerar lançamentos.

  • Fechamento de fábricas em países como Tunísia, Croácia e Sérvia, e corte de quadros de funcionários na Itália (sem ainda anunciar demissões em massa).

  • Intensificação da presença digital, focando em vendas online e eliminando linhas com baixo giro.

  • Reforço em sustentabilidade como parte do reposicionamento da marca.

O que isso significa para o Brasil

Nos tempos de glória, a Benetton dominava shoppings de grandes capitais brasileiras. Hoje, suas lojas próprias foram praticamente extintas — restam apenas presença em multimarcas e no comércio eletrônico.

E agora? Riscos, esperanças e incógnitas

A família que controla a marca investiu 260 milhões de euros para tentar manter a Benetton viva. A expectativa é voltar a lucro entre 2026 e 2027.

Mas será que este reposicionamento digital e sustentável será suficiente para resgatar o prestígio dos anos 90? Ou a marca acabará sendo uma sombra nostalgicada do passado?

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