Frequência de Compras e Ticket Médio: Como Manter Clientes no Ritmo Certo do Varejo

Acerte o pace no varejo

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Em corridas, medir o pace e a frequência cardíaca ajuda a saber se o atleta vai sustentar o esforço até o fim. 

No varejo, acompanhar o ticket médio e a frequência de compras cumpre o mesmo papel: mostra se os clientes estão correndo junto com você, se vão continuar ou se vão te abandonar no meio do caminho.

O ponto de partida é decisivo

Assim como uma largada muito lenta compromete a corrida, uma primeira experiência ruim diminui as chances de o cliente voltar. 

Atendimento fraco ou produto fora do padrão é como começar a prova já com o batimento lá em cima: difícil recuperar o fôlego depois.

Ritmo e retomada

No percurso, o corredor alterna fases de aceleração e retomada. 

No varejo, também há momentos de maior frequência de compras (datas sazonais, lançamentos, promoções) e fases de desaceleração. 

Campanhas virais são como correr o primeiro trecho acelerado: impressiona, mas não sustenta, o que importa é terminar a prova inteiro, ou seja, com clientes ainda comprando.

O segredo é equilibrar, garantindo retomadas consistentes, sem deixar o cliente “parar de correr”. 

Frequência de compras

Se o cliente compra pouco, é como ter o coração batendo devagar demais: o corpo não sustenta a corrida. 

Se a compra acontece em intervalos grandes, mas o ticket compensa, cuidado, pode ser um pico que não sustenta o negócio.

O ideal é um ritmo estável, onde cada compra segue seu fluxo saudável.

Atenção, ninguém compra sofá todo mês. Restaurantes, farmácias e delivery têm pace alto, enquanto imóveis e eletrodomésticos, têm pace baixo. 

A chave é tirar o máximo proveito de cada ciclo.

Ticket como resistência

Um corredor não mede performance só pela distância percorrida, mas pela resistência que constrói ao longo do tempo. 

O cliente fiel não é só quem aparece muito, mas aquele que encontra formas de aumentar suas compras, seja por mais itens na cesta ou evoluindo para itens mais caros. 

Mesmo que a frequência caia, os gastos adicionais mais que compensam. Como no caso do cliente que antes comprava só pão e agora leva vinho, queijo e sobremesa. 

É aqui que programas de loyalty, cashback e outras vantagens funcionam como isotônico: dão energia para mais quilômetros.

Abandono de prova

Quem dá sinais de cansaço no meio da prova, dificilmente recupera o fôlego e finaliza.

No varejo, recuperar um cliente perdido custa caro, por isso, o melhor é investir para manter o ritmo constante, ajustando estímulos antes que ele pare.

Caso real

Enquanto escrevia esse artigo, e estava com essas ideias fervilhando, fui impactado pelo anúncio de um restaurante do meu bairro. 

Sempre passo na frente e mal me lembro a última vez que entrei. Se não me engano, foi perto da inauguração. Por algumas vezes, notei que anda meio vazio.

Faz um bom tempo que ele está lá e agora me aparece fazendo uma campanha do tipo, apresente o print desse post e ganhe uma entrada ou drink.

Esse é um incentivo leve, do tipo que cria uma ocasião de consumo para quem já tem o hábito, mas para mim, não será um pequeno brinde que me fará reverter anos de indiferença. 

O que mais me chamou atenção, foi que, talvez, o negócio esteja mesmo indo mal, e tenha decidido recorrer a medidas para aumentar o fluxo. 

Algo que, dentro da metáfora da corrida, é quase impossível.

Sinais de que seu negócio está em bom pace

  1. Primeira compra forte: cliente sai satisfeito, pronto para continuar
  2. Ritmo constante: recompra em intervalos previsíveis
  3. Retomadas naturais: cliente responde a estímulos leves, sem precisar sprintar com incentivos pesados
  4. Frequência saudável: volume de compras proporcional ao ciclo da categoria
  5. Resistência de longo prazo: ticket médio crescente, somando energia

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