Alpargatas atinge o maior EBITDA da história e consolida nova fase de rentabilidade com Havaianas

Alpargatas atinge o maior EBITDA da história e consolida nova fase de rentabilidade com Havaianas

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A Alpargatas, dona da icônica marca Havaianas, acaba de registrar um marco histórico em sua trajetória financeira. No terceiro trimestre de 2025 (3T25), a companhia alcançou um EBITDA ajustado recorde de R$ 256 milhões, o maior já obtido em um único período — e, impressionantemente, R$ 253 milhões vieram apenas da operação de Havaianas.

O desempenho confirma uma fase de rentabilidade e eficiência inédita na empresa, resultado direto de uma gestão focada em produtividade, otimização de custos e fortalecimento do posicionamento global da marca. No acumulado do ano, o EBITDA ajustado já chega a R$ 654 milhões, outro recorde histórico.

Resultados que refletem consistência e disciplina

Com receita líquida consolidada de R$ 1,115 bilhão, lucro líquido de R$ 171 milhões e geração de caixa de R$ 205 milhões, a Alpargatas manteve uma estrutura financeira sólida, demonstrando resiliência mesmo em um cenário macroeconômico desafiador.

O trimestre marcou também o décimo período consecutivo de geração positiva de caixa, acumulando R$ 1,3 bilhão desde 2023. Esse histórico de consistência reforça a capacidade da companhia de seguir investindo em crescimento sustentável.

Outro ponto de destaque foi a alavancagem negativa de 0,6x, indicando posição de caixa líquido, além de uma redução de capital de R$ 850 milhões, medida que reafirma o foco na criação de valor de longo prazo para os acionistas.

“Os resultados deste trimestre são fruto do foco e do empenho coletivo em fortalecer a operação global da Havaianas, equilibrando rentabilidade, inovação e disciplina”, destacou Liel Miranda, CEO da Alpargatas.

Havaianas Brasil: eficiência e rentabilidade recorde

A operação brasileira da Havaianas atingiu novos patamares de desempenho. Com EBITDA de R$ 259 milhões, um crescimento de 40% em relação ao mesmo período de 2024, e margem EBITDA de 29,6%, a marca alcançou o maior resultado nominal de sua história.

A margem bruta de 49,2% também evoluiu, impulsionada pela racionalização do portfólio, disciplina na política de preços e ganhos de eficiência industrial. A receita líquida cresceu 7%, refletindo um mix mais rentável de categorias e canais.

Além disso, o sell-out avançou 1,3% no trimestre e 1,8% no acumulado do ano, com ganho de 1,7 p.p. de market share frente a setembro de 2024 — prova de que o plano de reposicionamento comercial e industrial da marca vem gerando frutos.

Expansão global: retomada sólida e crescimento constante

No mercado internacional, a Havaianas mantém sua trajetória de retomada e crescimento. O volume consolidado subiu 7%, e a receita líquida chegou a R$ 230 milhões, um avanço de 9% sobre o 3T24.

A margem bruta internacional atingiu 63%, com destaque para a Europa, onde o crescimento de 8% em volume e receita foi impulsionado pela melhoria logística e previsibilidade comercial.

Nos Estados Unidos, a operação segue o curso planejado, com crescimento de 15% em volume e 12% em receita líquida, enquanto avança na implementação de um novo modelo de negócios voltado a reduzir custos operacionais e ampliar a presença da marca no país.

Em mercados distribuidores, a companhia também apresentou recuperação, com alta de 5% no volume vendido, revertendo o cenário de desestocagem que havia marcado o primeiro semestre.

Gestão financeira e investimentos estratégicos

A disciplina financeira da Alpargatas segue sendo um pilar essencial. No trimestre, a empresa gerou R$ 205 milhões em caixa operacional, acumulando R$ 352 milhões nos últimos 12 meses. Esse desempenho marca dez trimestres consecutivos de geração positiva, totalizando R$ 1,3 bilhão no período.

Os investimentos somaram R$ 56 milhões no trimestre, alinhados ao orçamento anual de R$ 220 milhões. A posição de caixa líquido (-0,6x) oferece segurança e flexibilidade para que a companhia continue investindo em inovação e expansão.

Marketing e reconhecimento global

Mesmo com uma redução planejada de 34% nos gastos com marketing, totalizando R$ 62 milhões — em comparação ao período anterior, que contou com as ativações das Olimpíadas —, a Havaianas manteve forte presença de marca.

Entre os destaques, a nova coleção nacional estrelada por Fernanda Torres, a expansão da linha masculina e o fortalecimento de campanhas internacionais com embaixadoras como Gigi Hadid reforçaram o posicionamento global da marca.

Além disso, o icônico chinelo foi reconhecido pela plataforma Lyst como o item fashion mais desejado do mundo, entre mais de oito milhões de produtos analisados — uma conquista que reforça o status da Havaianas como símbolo global de estilo e autenticidade.

Rothy’s: a marca premium do grupo segue em expansão

A Rothy’s, marca norte-americana do portfólio da Alpargatas, também apresentou resultados expressivos. A receita cresceu 15%, impulsionada pela abertura de novos clientes no canal B2B, além do avanço das vendas online e em lojas próprias.

Com margem bruta de 62% e EBITDA ajustado de USD 25 milhões nos últimos 12 meses, a marca soma 12 trimestres consecutivos de crescimento, consolidando sua relevância como braço estratégico da companhia no segmento premium.

Conclusão

Os resultados do 3T25 confirmam que a Alpargatas vive um novo ciclo de maturidade operacional e financeira, impulsionado pelo sucesso global da Havaianas e pela expansão consistente de marcas complementares como a Rothy’s.

A combinação de rentabilidade crescente, inovação e disciplina financeira tem garantido à companhia não apenas recordes históricos, mas também um posicionamento cada vez mais sólido no mercado global de calçados e lifestyle.

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