O número de brasileiros que moram sozinhos cresceu 52% nos últimos 12 anos, de acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) mostra que as residências unipessoais — compostas por apenas um morador — passaram de 12,2% em 2012 para 18,6% em 2024.
Esse movimento vem transformando profundamente o mercado imobiliário brasileiro, impulsionando a busca por imóveis compactos e funcionais, especialmente os studios, que unem praticidade e boa rentabilidade para investidores.
Studios e apartamentos compactos ganham protagonismo
Segundo o relatório de agosto do Índice FipeZap, os imóveis com um dormitório lideram o ranking de valorização no país, registrando alta de 8,12% em 12 meses e preço médio de R$ 11.358/m².
Para especialistas, essa tendência está diretamente ligada às mudanças no perfil populacional e profissional do brasileiro — com destaque para o envelhecimento da população e a mobilidade relacionada ao trabalho.
Mais de 40% das pessoas que moram sozinhas têm 60 anos ou mais, e os homens representam 55,1% desse público, segundo o IBGE. Esse cenário exige que o setor imobiliário repense o design dos empreendimentos e invista em soluções que privilegiem conforto, funcionalidade e conveniência.
“Durante muito tempo, os imóveis compactos foram vistos como opções secundárias. Hoje, são o centro da valorização imobiliária, com projetos bem planejados, design assinado e serviços integrados. Isso reflete um novo estilo de vida, marcado pela praticidade e pela busca por eficiência”, explica Charles Kan, especialista em mercado imobiliário e diretor da Construtora CK.
De acordo com o executivo, esse formato de moradia atende diferentes perfis: nômades digitais, executivos, estudantes, idosos e casais sem filhos, todos em busca de uma rotina mais dinâmica e leve.
Regiões com maior número de pessoas morando sozinhas
Os dados do IBGE apontam que o fenômeno é mais intenso nas regiões Sudeste (19,6%) e Centro-Oeste (19,0%), seguidas pelo Sul (18,9%). Em Santa Catarina, um dos estados com maior taxa de domicílios unipessoais, o setor imobiliário tem respondido com lançamentos direcionados a esse novo perfil de morador.
“Percebemos uma clara mudança de comportamento: o consumidor busca um imóvel prático, mas que também ofereça qualidade e conforto. Em cidades com forte desempenho econômico e turístico, como Itajaí, a demanda por esse tipo de produto cresce rapidamente”, afirma Kan.
Itajaí, localizada no litoral norte catarinense e próxima a Balneário Camboriú, é um exemplo de mercado em expansão, com alta valorização e forte demanda para moradia e locação de temporada. É nesse contexto que surge o Versus, novo empreendimento da CK, atualmente em fase de pré-lançamento no bairro Fazenda.
Versus: um projeto versátil e conectado ao novo modo de viver
Com 204 unidades distribuídas em uma torre de aproximadamente 84 metros, o Versus oferece studios entre 34 m² e 43 m² e apartamentos de até 81 m², além de salas comerciais. O projeto aposta na versatilidade e no design contemporâneo, com fachada ativa e interiores assinados pelo escritório Osvaldo Segundo Arquitetos.
A área de lazer — um dos destaques do empreendimento — conta com mais de 1.500 m² distribuídos em dois pavimentos, com salão de festas e terraço ao ar livre, academia completa, spa com hidromassagem, coworking, piscina e outros espaços pensados para o bem-estar e a socialização.
No térreo, o conceito de conveniência integrada se estende a serviços como mini market, cafeteria, espaço delivery e bicicletário.
“Nosso objetivo é oferecer soluções completas para quem deseja morar bem ou investir em um imóvel conectado às novas formas de viver”, conclui Kan.
Um reflexo da sociedade contemporânea
O aumento expressivo de brasileiros morando sozinhos revela mais do que uma mudança estatística — mostra a consolidação de um novo estilo de vida urbano, onde independência, mobilidade e praticidade são valores centrais.
E o mercado imobiliário, atento a esse comportamento, se adapta com projetos mais inteligentes, versáteis e alinhados ao ritmo contemporâneo das grandes cidades.
Conclusão — O impacto no varejo local
O avanço das moradias unipessoais não transforma apenas o setor imobiliário — ele redefine também o ecossistema de consumo nas cidades. Com mais brasileiros morando sozinhos, o varejo local passa a lidar com um novo perfil de consumidor, caracterizado por compras menores, mais frequentes e altamente convenientes.
Esses consumidores valorizam proximidade, praticidade e experiências personalizadas, o que favorece o crescimento de minimercados de bairro, cafeterias de conveniência, serviços on demand, delivery rápido e lojas de autosserviço.
Ao mesmo tempo, a integração entre moradia e comércio — especialmente em empreendimentos com fachadas ativas — cria oportunidades para marcas locais se inserirem em ambientes de alta circulação e consumo cotidiano.
No caso de cidades como Itajaí, essa tendência pode impulsionar uma nova geração de negócios urbanos, voltados à rotina solo: restaurantes com porções individuais, lavanderias automatizadas, academias compactas e espaços de coworking. O resultado é um varejo mais segmentado, dinâmico e conectado à vida prática dos moradores, capaz de sustentar o crescimento imobiliário e fortalecer a economia de bairro.
Em síntese, o aumento de brasileiros morando sozinhos amplia a demanda por serviços sob medida e experiências convenientes, abrindo espaço para inovação no varejo local e consolidando um novo modelo urbano, em que morar, consumir e socializar se fundem em um mesmo território.
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