Vamos falar de endividamento? Manter as contas em dia tem se tornado um desafio crescente para os brasileiros. Uma pesquisa realizada pela fintech meutudo com 5.143 participantes revelou um retrato preocupante da situação financeira no país: 31% dos entrevistados possuem alguma dívida em aberto, sendo 16% em empréstimos ou financiamentos e 15% no cartão de crédito.
Entre os endividados, mais da metade (54%) já carrega dívidas há mais de seis meses — um sinal claro de dificuldade para reequilibrar as finanças. Outros 34% contraíram dívidas nos últimos três meses e 12% estão endividados entre três e seis meses.
📉 Dívidas causadas pelo básico do dia a dia
Os principais vilões do endividamento não são os gastos supérfluos, mas as despesas do cotidiano.
De acordo com o levantamento, 37% dos entrevistados se endividaram por conta de gastos emergenciais e imprevistos, enquanto 34% apontaram contas básicas, como alimentação, saúde e moradia, como a origem do problema.
Apenas 6% afirmaram que suas dívidas vieram de compras de maior valor, como carros, eletrodomésticos ou eletrônicos.
“O que chama atenção é que a dívida não está ligada a grandes aquisições, mas à manutenção da vida cotidiana. Isso mostra um orçamento cada vez mais apertado, em que o básico tem levado as famílias ao limite financeiro”, destaca Márcio Feitoza, CEO da meutudo.
💰 Expectativas para 2025: incerteza no ar
Quando o assunto é o futuro, o cenário também é de cautela. Segundo a pesquisa, 38% dos endividados ainda não sabem se conseguirão quitar suas dívidas até o final de 2025. Outros 37% esperam resolver a situação ainda neste ano, enquanto 25% acreditam que o pagamento completo ficará apenas para 2026.
🧾 Planos para sair do vermelho
Mesmo diante de um contexto desafiador, muitos brasileiros demonstram vontade de retomar o controle das finanças.
A pesquisa indica que 51% pretendem cortar gastos nos próximos meses. Já 22% planejam renegociar as dívidas ou buscar crédito com juros mais baixos.
Por outro lado, 28% ainda não definiram uma estratégia clara para reorganizar o orçamento.
“Mesmo com incerteza sobre o futuro financeiro, a maioria demonstra disposição para retomar o controle das contas. Cortar gastos é o primeiro passo, mas o dado também revela que cresce a busca por alternativas mais conscientes, como renegociação e crédito com juros mais acessíveis”, completa Feitoza.
📊 Um retrato de resistência financeira
O levantamento da meutudo reforça um cenário em que o endividamento no Brasil está menos relacionado a consumo e mais à tentativa de sustentar o básico.
Com o custo de vida elevado e o crédito caro, as famílias seguem em busca de soluções para equilibrar o orçamento — e o desafio de 2025 será transformar a intenção de organizar as finanças em ações reais que evitem o acúmulo de novas dívidas.
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