A Bvlgari abre um novo capítulo na história de seu ícone mais emblemático: a serpente. A coleção “Serpenti in Conversation” inaugura uma fase de diálogo criativo e colaborativo, marcada por trocas entre mentes visionárias. Evolução natural da série “Serpenti Through the Eyes Of”, lançada em 2017, a nova iniciativa estreia oficialmente na temporada Fall/Winter 2025/26 — celebrando o encontro entre tradição e reinvenção.
Desde sua chegada à Bvlgari como Diretora Criativa de Artigos de Couro e Acessórios, Mary Katrantzou vem redesenhando o papel colaborativo da Maison. O que antes era uma coleção de reinterpretações estilísticas agora se transforma em uma conversa contínua, aberta, plural — um espaço em que a Bvlgari, Katrantzou e seus convidados dialogam para moldar o futuro do design. A primeira convidada desta nova fase é Géraldine Guyot, diretora criativa da marca parisiense DESTREE, conhecida por sua abordagem escultural e moderna.
A Serpente em Mutação: Símbolo de Renascimento
Ícone eterno da Bvlgari, a Serpenti carrega significados profundos: transformação, dualidade e renovação. Inspirada pelas lendas greco-romanas — e refletindo as duplas raízes da joalheria romana —, ela é símbolo da própria capacidade da Maison de se reinventar continuamente, adaptando-se ao tempo sem perder sua essência.
Sob a visão de Katrantzou, a serpente não é apenas reverenciada, mas reinterpretada com ousadia. Em 2021, a designer apresentou uma nova silhueta para o ícone: uma alça moldada em metal precioso que traduzia, em curvas sinuosas, o corpo inteiro da serpente. Dessa criação nasceu a linha Serpentine, um tributo à fluidez e à força que definem o DNA da Bvlgari.
O Olhar de Géraldine Guyot: Tradição e Vanguarda
Para sua colaboração na coleção “Serpenti in Conversation”, Géraldine Guyot revisita a bolsa Bvlgari Serpentine Top-Handle, misturando a herança de 140 anos da Maison ao toque contemporâneo de sua própria linguagem criativa. Inspirando-se nas formas curvas da serpente, Guyot reimagina a icônica alça em linha S, unindo-a à passamanaria artesanal, um detalhe característico da DESTREE.
Esse elemento, que já fez parte da história da joalheria Bvlgari no século XX — quando fitas delicadas sustentavam pingentes e colares —, ganha nova vida em detalhes metálicos curvilíneos, criados por uma técnica inovadora que funde metal e eletricidade. O resultado é um paradoxo fascinante: uma estrutura de aparência sólida e dourada, porém surpreendentemente leve e precisa, evidenciando o domínio técnico e o savoir-faire artesanal da Maison.
Luxo Tátil e Força Suave
A nova Serpentine reimaginada combina couro nobuck e cetim, criando um contraste entre suavidade e sofisticação. A serpente, aqui, não se revela por inteiro: sua presença é sugerida, abstrata, envolvente. Ela habita a forma, mais do que o desenho — uma metáfora perfeita para o espírito da coleção.
A peça é ao mesmo tempo força e delicadeza, presença e ausência, reafirmando o poder da sutileza no luxo contemporâneo.
Uma Conversa Criativa que Move o Legado
Com “Serpenti in Conversation”, Mary Katrantzou posiciona a Bvlgari como uma plataforma viva de experimentação e diálogo entre gerações criativas. O projeto reforça os pilares da Maison — artesanato e inovação — e celebra o encontro entre a alma artesanal italiana e a visão cosmopolita do design global.
Mais do que uma coleção, trata-se de um manifesto sobre colaboração e evolução, um tributo à capacidade da Bvlgari de transformar símbolos atemporais em novas expressões de estilo, desejo e arte.
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