A Natura Cosméticos acaba de fechar um negócio audacioso: vende sua subsidiária que controla os negócios da Avon International para um veículo afiliado à Regent. No fechamento, ela receberá simbolicamente £ 1 — mas esse valor é apenas a porta de entrada. Além disso, poderão vir earn-outs e pagamentos contingentes, desde que certas condições futuras sejam atingidas.
A operação não engloba a Rússia nem os mercados da América Latina — esses continuam sob domínio da Natura.
💡 Como vai funcionar na prática
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Os earn-outs dependem do desempenho futuro da Avon International. E os pagamentos contingentes serão liberados em casos específicos de liquidez. Juntos, esses valores somam um teto de £ 60 milhões máximos.
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Antes da conclusão, a Natura negociou que parte dos dívidas (recebíveis) da Avon International seja capitalizada. Ou seja: parte do valor será convertida em capital para “limpar” o balanço, e o restante será transferido ao comprador, se as condições pós-fechamento forem atendidas.
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Outro ponto: a Natura vai estender uma linha de crédito garantida de até US$ 25 milhões, que poderá ser usada nos próximos 5 anos, desde que certas cláusulas sejam cumpridas.
🎯 Por que esse movimento é importante?
Esse acordo representa um reposicionamento estratégico forte. A Natura está “se desfazendo” dos negócios da Avon International fora da América Latina, liberando foco, recursos e risco. Ao mesmo tempo, deixa uma porta aberta para que os compradores obtenham valor extra se tudo correr bem (via earn-outs e contingentes).
É uma transação que combina simbolismo (o £ 1) e responsabilidade (as condições futuras). E mostra como uma operação complexa de desinvestimento pode ser desenhada para equilibrar risco e oportunidade.
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