Matthew Shay, presidente e CEO da NRF (National Retail Federation), compartilha a visão por trás da expansão internacional do evento Retail’s Big Show — especialmente sua estreia na Europa — e reflete sobre os principais desafios e oportunidades para o varejo no mundo atual.
1. Por que lançar o Retail’s Big Show na Europa agora?
Para a NRF, a missão sempre foi ser a voz global do varejo — promovendo educação, inovação e comunicação sobre o impacto econômico do setor. Levar o maior evento do varejo ao continente europeu é um passo estratégico para amplificar essa atuação: trazer para a Europa os programas já consagrados e proporcionar aos profissionais locais uma experiência de alto nível, alinhada com o legado da NRF.
Esse novo encontro aproveita o histórico robusto da Paris Retail Week, combinando-o com o prestígio que a NRF carrega internacionalmente. O resultado? Um evento que pretende elevar o padrão para o varejo europeu.
2. Internacionalização: por que a NRF está investindo fora dos EUA?
O varejo é inerentemente global. Para se manter relevante, a NRF aposta em presença física em mercados-chave ao redor do mundo. Depois do sucesso do Retail’s Big Show Asia Pacific em Singapura, o passo natural é levar essa expertise para a Europa.
Expandir para novos continentes permite criar pontes regionais — intercâmbio de ideias, colaboração entre mercados e visibilidade para inovação. Também coloca na mesma mesa temas urgentes que atravessam fronteiras: inteligência artificial, logística, comércio internacional e regulamentação. O Retail’s Big Show Europe surge como plataforma para reunir vozes distintas e construir juntos a próxima era do varejo.
3. Do evento de janeiro em Nova York até agora: o que mudou?
Desde o encontro de janeiro de 2025 em Nova York, o varejo só acelerou sua transformação. Hoje vemos:
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Maior foco na transformação digital e no uso de tecnologia para personalização.
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Redefinição das expectativas dos consumidores — mais exigência por conveniência e experiências.
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Pressões ligadas à cadeia logística, tensões comerciais e discrasias globais.
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Crescimento da demanda por operações mais ágeis e eficientes.
Embora o cenário imponha desafios, ele também empurra o setor para repensar — e inovar.
4. A situação do varejo nos Estados Unidos: resiliência sob incertezas
Nos EUA, o varejo enfrenta um momento delicado, mas não está parado. O consumidor segue comprando, mas sob uma ótica mais cautelosa. Diante disso:
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As empresas precisam lidar com políticas econômicas variáveis.
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A competitividade exige preços acessíveis sem descuidar da margem.
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A inovação tecnológica – automação, análise de dados, customer experience — é usada como diferencial estratégico.
Mesmo em meio ao desaquecimento econômico, muitos fundamentos do varejo continuam sólidos — cabe ao mercado reagir e se adaptar.
5. O que esperar do Retail’s Big Show Europe?
A expectativa para o evento em Paris é alta. Participantes podem prever:
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Conteúdos exclusivos e inspiradores.
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Oportunidades de networking com líderes globais e regionais.
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Trocas de aprendizado e visões de futuro concretas.
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Um palco forte para debater tendências e soluções aplicáveis.
Para Matthew Shay, o evento europeu não será apenas uma réplica: será um espaço que conecta realidades distintas, fomenta inovação e reforça presença global.
Conclusão: um passo estratégico rumo ao varejo globalizado
Com o Retail’s Big Show desembarcando na Europa, a NRF reforça seu compromisso de conectar o varejo global. A iniciativa vai além de marca ou evento — é uma aposta em diálogo, inovação e expansão inteligente. E para os profissionais do setor, é uma chance de participar ativamente da construção do futuro.
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