A Natura acaba de fechar negócio para vender as operações da Avon nos países da América Central e também na República Dominicana — estamos falando de Guatemala, Nicarágua, Panamá, Honduras, El Salvador e a República Dominicana. Quem comprou foi o Grupo PDC, empresa forte no setor de bens de consumo, atuante nessa região da América Central e também no Peru.
🔍 O que muda
-
A Natura vai receber US$ 22 milhões nessa venda.
-
Apesar da transferência da operação, a Natura não vai simplesmente sumir da cena nesses países: ela continua como licenciadora da marca Avon e também como fornecedora dos produtos acabados. Ou seja: a Avon vai continuar “existindo lá”, só que sob nova gestão no dia a dia.
-
O acordo ainda precisa passar por ajustes societários na região, e a previsão é que fique tudo resolvido até outubro deste ano.
🗣️ Por que isso faz sentido
João Paulo Ferreira, CEO da Natura, destacou alguns pontos que deixam claro o raciocínio estratégico:
-
A Avon carrega muita força de marca: reputação, reconhecimento, presença cotidiana nas casas das pessoas, e um exército de consultoras que dependem dela.
-
A Natura queria alguém com experiência local para manter e até turbinar esse valor da Avon nesses países. O Grupo PDC foi o escolhido.
🔧 Estratégia maior por trás
-
Essa venda faz parte da simplificação corporativa que a Natura iniciou em 2022. Ou seja: focar no que rende melhor, reduzir complexidades administrativas.
-
Importante: as operações da Natura na América Latina como um todo não serão afetadas. A integração entre Natura e Avon para a região latina segue conforme planejado, com ganhos de eficiência já visíveis.
-
Só neste primeiro semestre deste ano, a operação na América Latina gerou R$ 408 milhões de caixa e teve crescimento acima da média do mercado.
⚠️ Pontos a observar
-
O processo depende de aspectos legais e societários, o que é normal em transações internacionais, mas sempre pode envolver ajustes ou atrasos.
-
Como haverá mudança de quem opera a Avon nos territórios vendidos, os consumidores e consultoras podem perceber diferenças (distribuição, marketing, suporte), pelo menos no início da transição.
-
É uma jogada de médio/longo prazo: criar clareza operacional, diminuir sobreposição, otimizar recursos — mas precisa ser bem executada para valor da marca não se perder na transição.
✅ Conclusão
A Natura fez uma escolha ousada mas bastante estratégica: vender parte das operações da Avon na América Central e República Dominicana, ganhar liquidez, reduzir complexidade, mas mantendo presença pelo licenciamento e fornecimento. É uma jogada para deixar a marca Avon mais enxuta nessas regiões, porém ainda relevante — e permitir que a Natura concentre esforços onde vê maior retorno estratégico.
Você pode se interessar por isso: Abordagem, sangue nos olhos, faca na caveira? Até quando vamos continuar agredindo nossos consumidores?