O Google Ads acaba de apresentar uma novidade importante para o ecossistema de marketing: a métrica de “branded searches” (buscas por marca). A funcionalidade permite mensurar quantas pessoas passaram a buscar pelo nome da sua marca — ou por termos relacionados — após terem contato com um anúncio, seja no Google ou no YouTube.
O que a nova métrica faz?
Na prática, ela monitora as buscas feitas até 30 dias depois da visualização de um anúncio, conectando mídia paga com intenção de marca. Se um usuário vê um anúncio da sua empresa e, dias depois, digita o nome dela no Google ou no YouTube, isso é registrado como uma branded search.
Essa nova abordagem reforça um ponto essencial: a jornada do consumidor mudou. O anúncio deixou de ser o último passo antes da conversão — e passou a ser um gatilho de interesse, especialmente nas buscas orgânicas.
Branded search como indicador estratégico
Essa inovação está totalmente alinhada com a visão da Conversion, que há anos defende a importância do share of search como métrica-chave para o crescimento de marca. Agora, o próprio Google reconhece que o impacto da mídia deve ser medido também pela força gerada nas buscas — não apenas pelos cliques imediatos.
Integração com campanhas de alcance
A nova métrica está integrada às campanhas dos formatos:
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Performance Max
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YouTube Ads
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Demand Generation
Ou seja, formatos focados em ampliar visibilidade e gerar consideração. A proposta é clara: tornar as campanhas mais mensuráveis em termos de efeito de marca no médio prazo.
Como configurar corretamente?
Para que os dados reflitam com precisão o impacto das campanhas:
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O anunciante deve indicar quais termos serão considerados como buscas de marca;
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É possível cadastrar variações do nome, nomes de produtos, e termos associados à marca.
Essa etapa é essencial para filtrar buscas genéricas e garantir que os relatórios reflitam apenas o real interesse pela sua marca.
Por que isso muda o jogo?
A introdução dessa métrica mostra que o papel da mídia paga está em transição. Em vez de encerrar a jornada, ela estimula o interesse que se manifesta nas buscas. Com isso:
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A busca orgânica ganha novo protagonismo,
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O funil de marketing precisa ser reavaliado, incluindo buscadores como Google, YouTube, TikTok, Instagram — e até inteligências artificiais como o ChatGPT.
As marcas que entenderem essa nova dinâmica — que chamamos de Orquestração das Buscas — estarão um passo à frente. Elas conseguirão alinhar seus investimentos de mídia com estratégias de marca mais sólidas, mensuráveis e orientadas por comportamento real do consumidor.
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